Quinta, 10 Fevereiro 2022 14:15

Cresce a participação feminina na produção científica da Unifesp

Mulheres já respondem por mais da metade do conhecimento produzido nas mais variadas áreas do conhecimento nos últimos sete anos

Por Denis Dana

Dia da mulher e menina na ciência

Em 11 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. A data, instituída pela Assembleia das Nações Unidas em 2015, tem como principal objetivo destacar o papel fundamental, a importância e a contribuição feminina nas áreas de pesquisa tecnológica e científica. Aqui no Brasil, elas têm participado cada vez mais da ciência praticada dentro das universidades. Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o público feminino representa a maioria na produção acadêmica, isso em diversos campos do conhecimento.

Em 2021, as mulheres foram responsáveis por quase 51,5% dos 5.347 estudos produzidos na Unifesp. A maior fatia do gênero feminino na produção científica da Unifesp, aliás, já é algo que se repete há um bom tempo. Nos últimos dez anos, as mulheres superaram a produção em nove.

Mulheres na Ciencia
Gráfico mostra que, nos últimos dez anos, as mulheres superaram a produção em nove

A alta representatividade feminina nos últimos anos é resultado natural de uma participação cada vez maior delas nos programas de pós-graduação, onde, em algumas áreas, as mulheres somam ampla maioria. É o que acontece, por exemplo, na Fonoaudiologia, onde a presença feminina é dominante, com 98% de representatividade, e na Psicobiologia, com 93%. Compõem o ranking da presença feminina na Unifesp os programas de pós-graduação de Enfermagem (92%); Bioprodutos e Bioprocessos (89%); Filosofia (86%); e Nutrição (80%).

O gênero destaca-se também no Serviço Público e Políticas Sociais, com 75% do público feminino, na História da Arte (71%), na Educação (69%), Engenharia e Ciência de Materiais (62%), Química – Ciência e Tecnologia da Sustentabilidade (58%), o que reforça a presença das mulheres nos diversos campos do conhecimento.

A presença das mulheres, além de significativa, se apresenta com muita qualidade em produção, pesquisa e ensino. Em 2021, a Unifesp foi considerada a instituição brasileira mais comprometida com a igualdade de gênero no Brasil, segundo o Impact Rankings da Times Higher Education (THE). Dentre mais de mil universidades participantes, a Unifesp ficou classificada em 89.º mundialmente. Essa classificação se baseia em indicadores que medem a participação da produção de pesquisa de autoria das mulheres, a quantidade de mulheres que ingressaram e se formaram nos cursos de graduação e pós-graduação oferecidos.

“A Unifesp como uma universidade pública, laica, democrática, inclusiva, sente que sua missão de propiciar em seus campi a igualdade de gêneros nas oportunidades de pesquisa tem sido cumprida. O avanço crescente de mulheres e meninas na produção científica da nossa universidade certifica esse propósito”, destaca Lia Bittencourt, pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Unifesp.

Apesar de o avanço feminino na produção acadêmica e científica ser motivo de celebração e de orgulho, ainda há muito espaço para que as mulheres possam ocupá-los e mostrar seu potencial e toda a contribuição que podem dar.

Áreas como Economia e Desenvolvimento, a representatividade do gênero masculino supera 70%; Pesquisa Operacional, Medicina (Radiologia Clínica) e Matemática Pura e Aplicada têm representação masculina de mais de 80%; já na Ciência da Computação e na Biodiversidade e Ecologia Marinha e Costeira, o índice de representação dos homens supera os 85%, mostrando que elas podem e devem seguir a jornada, elevando ainda mais sua participação na produção científica nacional.

Lido 4888 vezes Última modificação em Quinta, 18 Abril 2024 14:09

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