Campus Baixada Santista da Unifesp participa de feira de profissões

No último dia 16, os cursos de graduação da Unifesp em Fisioterapia, Nutrição, Educação Física e Terapia Ocupacional do Campus Baixada Santista e o curso de graduação em Biomedicina do Campus São Paulo, participaram da UNIEXPO Litoral 2017.

O evento, que aconteceu em Santos, está em sua sétima edição e tem como objetivo ajudar jovens na escolha de profissões.

As professoras  Lia Zangirolani, Semíramis Domene, Gabriela e Cristina Sá, juntamente com alunos,  participaram e ajudaram na divulgação dos cursos da Unifesp. Confira as fotos abaixo!

 

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Opinião: Brasil pode se tornar um dos principais responsáveis pela extinção de tubarões no mundo

País é o maior consumidor da carne do animal

 

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Tubarao Azul Credito V Guy Marcovaldi
Crédito: Guy Marcovaldi

 

Por Fabio S. Motta*

 

De acordo com estudo produzido por pesquisadores brasileiros e que acaba de ser publicado no periódico científico Marine Policy (Política Marinha), o Brasil caminha a passos largos para se tornar um dos principais responsáveis pelo declínio das populações de tubarões de mar-aberto do mundo.

Analisando informações de diversas fontes (bancos de dados internacionais, boletins governamentais, artigos científicos, internet e outras), o grupo, liderado pelo biólogo Rodrigo Barreto – bolsista do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul do Brasil (CEPSUL-ICMBio) –, traçou um panorama detalhado sobre os fatores que têm contribuído para o protagonismo negativo do Brasil. Segundo Barreto, um dos motivos é a crescente demanda internacional pelas barbatanas de tubarões – um dos derivados pesqueiros mais caros do mundo –, o que leva o país a ocupar a 11ª posição dos que mais capturam esses animais e a 17ª colocação entre os que mais exportam barbatanas, utilizadas como iguaria de luxo na culinária asiática.

Entretanto, existe o agravante de que essas estimativas estejam subestimadas, considerando principalmente o fato das pescarias ilegais, cujo os números só vêm à tona quando se analisa o volume de barbatanas apreendidas pelo IBAMA em operações de fiscalização. Para se ter uma ideia, entre os anos de 1998 e 2014, aproximadamente 85 toneladas de barbatanas foram obtidas de forma ilegal no país, o que corresponde a cerca de 4.250 toneladas de tubarões, ou seja, quase 20% da produção anual de tubarões reportada pelo Brasil.

Surpreendentemente, a situação não para por aí. O país figura como o maior consumidor de carne de tubarão do mundo, importando quantidades de tubarão-azul próximas à sua produção total de peixes cartilaginosos, que incluem as raias também. Entre 2002 e 2012, o Brasil absorveu praticamente toda produção de tubarão-azul do Uruguai.

Este cenário se reflete nos resultados da última avaliação conduzida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) sobre o estado de conservação dos tubarões e raias da costa brasileira. Cerca de 33% do total das 145 espécies avaliadas estão ameaçadas. Para se ter uma real dimensão do problema, este percentual é superior ao registrado na avaliação feita em âmbito global, que é de 25%. Lamentavelmente, os resultados deste esforço, até o momento, pouco influenciaram a agenda de conservação destes animais. Na verdade, eles foram incorporados à polêmica Portaria MMA no 445, que, desde a sua publicação em dezembro de 2014, esteve a maior parte do tempo anulada por ações judiciais.

Paralelamente a tudo isso, a estrutura de gestão da pesca no Brasil, que já não vinha produzindo a estatística pesqueira nacional desde 2007, foi desmontada com a extinção do Ministério da Pesca, o enfraquecimento dos comitês de gestão e a troca constante da estrutura governamental responsável em administrar o setor.

Hoje, um grupo de trabalho intersetorial, coordenado pelo MMA, vem se reunindo em Brasília na tentativa de delinear estratégias de resposta à perda da biodiversidade marinha diagnosticada pela avaliação das espécies ameaçadas e levada à tona por meio da Portaria no 445. Apesar disso, os pesquisadores destacam a importância do Brasil urgentemente reestruturar seus sistemas de coleta de informações pesqueiras, suas estratégias de gestão, bem como aprimorar os regulamentos sanitários e de rotulagem para a comercialização de peixes.

* Professor do Laboratório de Ecologia e Conservação Marinha do Instituto do Mar do Campus Baixada Santista da Unifesp e um dos autores da pesquisa citada.

 

 

Abertas as inscrições para o Processo Seletivo de candidatos ao Programa de Pós-Graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde, turma de 2018

Prezado(a) candidato(a),

Estão abertas as inscrições online, no período de 25 de setembro a 10 de novembro de 2017 (encerramento as 16h59), para o Programa de Pós-Graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde (clique aqui para ver o Edital). Clique aqui para acesso ao formulário de inscrição.

Para maiores informações, clique aqui.

 

 

Cursinho Popular Cardume seleciona novos educadores

O Cursinho Popular Cardume está selecionando novos educadores. As inscrições podem ser realizadas até dia 20 de outubro, pelo e-mail: educadorescardume2018@gmail.com. 

 

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Projeto da IMar Jr., em parceria com IO Jr. e IPT, visa reduzir vulnerabilidade socioambiental de comunidade de Santos

Formada por pescadores artesanais, comunidade da Ilha Diana tem apresentado problemas na manutenção de suas tradicionais atividades

A empresa júnior do Instituto do Mar (IMar Jr.) do Campus Baixada Santista da Unifesp está desenvolvendo um projeto para reduzir a vulnerabilidade socioambiental e melhorar das condições ambientais da comunidade da Ilha Diana, formada por pescadores artesanais no município de Santos/SP.

Orientado pelo docente Ronaldo Torres, o projeto é uma parceria com a IO Júnior Consultoria e Educação Ambiental do Instituto Oceanográfico da USP e com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e foi aceito no edital da Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (FIPT).

“Além de proporcionar vivência profissional, oportunidade de trabalhar com outras instituições técnico-científicas e ser o primeiro projeto da IMar Jr., a real importância é poder fazer nossa parte buscando auxiliar naquilo que for possível a comunidade da Ilha", explica Nycolas Gomes, diretor de Projetos IMar Jr e estudante de Engenharia Ambiental.

A Ilha Diana fica na área continental de Santos e está localizada na confluência do rio Diana com o canal de Bertioga, a cerca de 8 km do porto. Ela é habitada por 210 moradores distribuídos em 60 famílias. Seu acesso se dá apenas por barco, que sai do centro do município.

“Essa comunidade caiçara tem apresentado problemas na manutenção de suas atividades pesqueiras tradicionais, que ocorrem há mais de 70 anos, devido aos empreendimentos portuários que se estabeleceram ao longo das últimas décadas”, alerta Gabriel Moraes, estudante de Engenharia de Petróleo e diretor-presidente da IMar Jr.

As medidas desse projeto têm como base as linhas de pesquisas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidades (ONU). “Ele avaliará os principais riscos socioambientais aos quais a comunidade está exposta atualmente, tanto em função da modificação das condições ambientais locais, quanto aos demais impactos restritivos à pesca”, complementa Torres.

Para Luiza Araújo, analista de Pesquisa e Desenvolvimento da IMar Jr e estudante de Ciências do Mar, a experiência é muito enriquecedora, tanto pessoal como profissionalmente. “Temos a oportunidade de conhecer outra realidade social, além de ter o primeiro contato com a área ambiental", ela relata.

A empresa

Fundada em novembro de 2015, a IMar Júnior é chancelada pelo Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo - Campus Baixada Santista, e contempla os cursos de Ciências do Mar, Engenharia de Petróleo e Ambiental. Possui como missão fornecer soluções energéticas e socioambientais, por meio de alternativas interdisciplinares.

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Equipes da IMar Jr., IO Jr. e IPT envolvidas no projeto