Centro de Ensino de Habilidades e Simulação Helena Nader desenvolve conhecimento teórico e prático através da simulação realística

O antigo Centro Alfa de Habilidades do Campus São Paulo conta com tecnologia de alta complexidade na área da Saúde

Por Loane Carvalho

Alguma vez você imaginou aprender tendo a possibilidade de agir, errar, corrigir o erro e deste modo aprimorar a sua técnica sem interferir na segurança do paciente? Para atender a demanda do mercado por profissionais cada vez mais qualificados, as duas Unidades Universitárias do Campus São Paulo (CSP) – Escola Paulista de Medicina (EPM) e Escola Paulista de Enfermagem (EPE) - contam com adequadas instalações e equipe técnica capacitada do Centro de Ensino de Habilidades e Simulação Profª. Drª. Helena Nader da Universidade Federal de São Paulo (CEHS/Unifesp), o antigo Centro Alfa de Habilidades.

Inaugurado em 2016 sob coordenação de Tânia Domingues e Aécio Góis, a proposta do CEHS é proporcionar, de modo interativo, a abordagem dos vários aspectos clínicos e laboratoriais. Para isso, são utilizados manequins de alta fidelidade (semi-robotizados e programados para produzir resposta às ações), vídeos, simuladores e outros materiais criativos desenvolvidos por professores e/ou alunos, incluindo a montagem de estações planejadas, permitindo assim a repetição do processo e a utilização para avaliações.

Tânia Domingues, docente do Departamento de Enfermagem Clínica e Cirúrgica da EPE e coordenadora do CEHS, conta que o “espaço de ensino permite que os discentes dos cursos de Enfermagem e Medicina da EPE e da EPM atuem de maneira conjunta e que estes interajam como uma equipe”, replicando experiências que são vivenciadas no ambiente da vida real nas profissões.

CEHSA alta tecnologia é usada em benefício da educação de qualidade promovida pela EPE e EPM. “Esses simuladores possuem respiração espontânea, choro, fala, pulso, apresentam todos os sinais vitais a partir de uma programação prévia realizada, que podem traduzir algumas situações de agravamento da saúde dos pacientes”, ressalta Ana Cristina Tripoloni, enfermeira que colabora na criação dos cenários a serem trabalhados e que elaborou o catálogo com todos os simuladores que o Centro dispõe com o intuito de ajudar os professores a entenderem o recurso e como ele funciona.

Segundo Tânia, a representação das situações cotidianas e das adversidades interfere diretamente na qualidade e na segurança do paciente e no desempenho dos futuros profissionais. “Essa simulação realística faz parte de uma possibilidade de ensino que engloba não somente as habilidades técnicas, mas o gerenciamento de crise, liderança, trabalho em equipe, raciocínio clinico em momentos críticos.”

Enquanto uma equipe de alunos está em treinamento, é possível que o restante do grupo participante assista. “Além disso, os próprios alunos - através de um sistema de captação audiovisual - podem assistir à sua atuação. Dessa forma, é possível discutir melhorias, corrigir pontos fracos e destacar os pontos fortes de cada um. Assim, a simulação realística caracteriza uma ferramenta de ensino e desenvolvimento individual e por equipes, que consente uma melhor retenção do conhecimento e uma melhor atuação profissional”, ressalta Ana.

O CEHS, localizado no 3º andar do Edifício Octavio de Carvalho, passou por um processo de ampliação. “Quando foi inaugurado, em dezembro de 2016, possuía cinco salas para habilidades, uma enfermaria, uma sala para simulação com debriefing, dois consultórios e uma sala de reuniões. Em 2018 o Departamento de Recursos Humanos do Campus São Paulo foi transferido para outro espaço e surgiu a oportunidade de ampliação do Centro, aumentando mais três salas para treinamento de habilidades e simulação. Essa ampliação possibilitou o aumento do número de usuários em relação à 2017/2018”, informa Tania.

Para dar continuidade à estratégia de ensino-aprendizagem ativa, na qual se busca o desenvolvimento e aprimoramento de habilidades necessárias para as atividades assistenciais futuras, os gestores do Centro participam de grupos de pesquisa e idealizaram o Programa de Monitoria, uma ação que convida o discente à construção do seu aprendizado. “Há dois anos foi criado o Programa de Monitoria Inter profissional, com discentes da EPM e da EPE, com o propósito de que ao final da capacitação e treinamento, os monitores possam orientar e supervisionar outros estudantes em alguns procedimentos e participarem nas simulações. Esse treinamento é realizado por um grupo de docentes e pela enfermeira Ana. Eu e o professor Aécio também fazemos parte do grupo de trabalho de simulação no qual participam professores da EPE e EPM, além disso há o Grupo de Pesquisa em Simulação em Saúde no qual temos discutido projetos de pesquisa na área de simulação.”

Nesse processo de ensino com a metodologia de simulação realística, os docentes atuam como facilitadores, reforçando o aprendizado com foco no discente.

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